Trombose venosa profunda é uma doença causada pela formação de um coágulo (trombo) dentro de uma veia do sistema profundo, obstruindo parcial ou totalmente este vaso e dificultando o retorno de sangue ao coração.
Existem múltiplos fatores de risco para o desenvolvimento de trombose venosa profunda: idade, mobilidade reduzida, traumatismos, cirurgias de maior porte, excesso de peso, câncer, causas congênitas ou adquiridas (trombofilias), tabagismo, uso de hormônios, gestação, puerpério, entre outras.
Estima-se que cerca de 180 mil novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano. A incidência apresenta-se igual em ambos os sexos quando não estratificada por idade. Quando avaliado somente a faixa etária de 20 a 40 anos, prevalece maior incidência nas mulheres, devido à maior exposição a fatores de risco como anticoncepcional e gestação.
O risco de tromboembolismo em mulheres que usam contraceptivos hormonais combinados é baixo (estimado nas revisões de literatura entre 0,06 a 0,13% ao ano), mas sabe-se que é maior que naquelas mulheres em idade fértil não-usuárias de anticoncepcionais. Este risco pode ser de 2 a 6 vezes maior, a depender da dose hormonal, do progestagênico associado, além de fatores individuais adicionais de cada paciente.
As pílulas podem aumentar o risco de formação de trombos através do desequilíbrio no sistema de coagulação, que leva a um excesso de substâncias pró-coagulantes. Sabe-se que o risco de um evento tromboembólico é maior nos primeiros meses de uso do contraceptivo hormonal combinado, decaindo posteriormente. Portanto, não se recomenda interrupções temporárias no seu uso, pois a cada reinício, o risco de um evento é maior.
Então eu devo parar de usar anticoncepcional?
Não! Desde que ele tenha sido indicado por um ginecologista ou médico assistente e tenha sido avaliada individualmente a presença de outros fatores de risco, este é um método seguro.
Mas existem anticoncepcionais mais seguros em relação ao risco de trombose?
Sim! Anticoncepcionais orais sem estrógenos, os DIUS de prata e de cobre, DIUS de progesterona (como o Mirena), contraceptivos implantáveis (como o Implanon).
É importante discutir com seu ginecologista sobre os diversos métodos contraceptivos antes de optar por um. Existem vários fatores que podem influenciar esta escolha!
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